Situado a meia encosta entre duas referências urbanas da cidade de Lisboa, a Avenida Almirante Reis e o conjunto da Igreja e Convento de Nossa Senhora da Penha de França. No nº 61 da Rua Marques da Silva encontra-se um edifício que faz parte de uma frente edificada que constitui uma barreira entre a mesma e um extenso logradouro, dividindo em propriedades diferentes, mas contínuo na sua caracterização verde, entre hortas, baldios e terraços impermeáveis. A Norte, considerando a manutenção – com algumas adaptações fundamentais – da fachada existente na sua essência de desenho, no piso térreo em contacto direto com a rua, estabeleceu-se a entrada principal da habitação considerando a garagem com uma sala, de receção, vendo-se ao fundo, a escada que nos leva ao piso superior, desenhada de forma nobre e ampla, isolada por vidro. Nos dois pisos seguintes, 01 e 02, serão quatro os quartos a ocupar a frente de fachada a Norte, beneficiando das janelas existentes reposicionadas, que conseguem estabelecer uma boa relação com o exterior mantendo ainda assim alguma privacidade. Voltado a Sul, beneficiando do contato com o logradouro, existirão os espaços que maior partido poderão retirar desta proximidade. A relação que será franca entre estes espaços e o exterior será o verdadeiro momento de entrada na casa pois é aqui que as escadas que se iniciam no nível 00 terminam. Assim, toda a zona social da habitação se desenvolve em torno deste logradouro.
A sala de estar, com uma grande varanda e escada de acesso ao piso 01 pelo logradouro e a zona da sala de jantar e a cozinha em frente àquilo que se pretende que seja uma horta e jardim de cheiros a uma cota mais baixa, permitindo a iluminação e ventilação do piso 00. O restante logradouro é ocupado por uma piscina e jardim para banhos de sol com uma zona pavimentada por um pavimento permeável.